quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Em Banho Maria

A minha caneta, hoje
não escreve, derrapa
nas aliterações da minha respiração
conturbada pelo vício de esperar
flores, pétalas, azimutes soalheiros

        - não irias perceber o sentido destas sépalas!

pedúncala, à deriva, no leito de um novo rio
engelhado pela ausência
de      tempo,
de               foz,
de                  água.

© 2014, José Eduardo Coelho





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