segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Moscas


Os campos e os corpos
preparam-se cortando neles
os excessos

As barreiras de silvas deixam
marcas amorosas, na pele
de quem as corta

Anos de geometria
concêntrica, exuberante, vertical
claudicam na rudeza
metálica
de peixes-espadas
arvocidas

Sem Kyoto, somos todos
desperdício
errante
moscas egocêntricas, fulminando
ilusões alheias

Mas, o universo, é grande
e não dará por
nada!


© 2015, José Eduardo Coelho

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