Ler
poesia ao entardecer
pode
ser
desconcertante
a
injecção de nebrina na doce inconsistência
dos
membros flácidos
extenuados
pela
viagem aos antípodas
da
alma e do corpo
que
vagueia
subtil
entre
as margens do negrume.
E
escamas passam à beira mar, enquanto
tudo
se desfaz
com
o tempo
©
2015, José Eduardo Coelho
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