Uma
superfície
lisa
e plena
como
a noite, sempre
encostada
, atenta, morna e
latejante
tocou-me
sem
nome
galgando-me
pelos dedos
acima,
até à exaustão
capilar
da
ignorância
latente
fruiu-me
a
mim, asceta
e
complacente mente, tomei-a
em
minhas mãos
suave
demorámo-nos
no
olhar
bebemo-nos
agora,
infectado
confundo-me
com ela
disperso-me
na
sua textura.
©
José Coelho, 2015
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