Humanidades
#2
nascemos
e
aprendemos
as palavras necessárias
e
de manhã, inebriados de sal e sangue
abrimos
janelas e estendemo-las
como
mantas ao ar fresco
carpimo-las
ainda
virgens,
sedentas de
significado
depois,
elas
zurzem-nos
impressões
cromáticas
de
cada vez que as olhamos
seduzem-nos
mentindo
descaradamente
constroem
alternativas
lilazes
e
cantam-nos a alegria
ou
a tristeza
com
notas mudas que enlouquecem
sem
batuta
nem
pre-aviso
de validade
morremos
e...
©
José Coelho, 2015
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