Paisagens
Rúbeas
Sentir
aquele prazer infantil, de nada
ter
de fazer, senão estar e observar
uma
dormência que desce pela espinha
o
quanto, apesar de inúteis somos
queridos,
presentes, constantes como
peça
de joalharia fina, ao pescoço
brilhando,
escondida
Acerco-me
desses dias apenas
vagamente
induzo propriedades quentes
que
acredito residirem algures
dentro
de mim posso
acordá-las
e olhá-las com a inércia
da
saudade
Depois
há os mapas, que digo
serem
de cidades, mas em verdade são
representações
das almas que já
amei
e amo
Habito-as
a todas, ensino-as
por
quadrantes e linhas respeito
cada
casa, cada parque, cada rio
memorizo
seus cursos
até
à foz há-de ser
oceano.
©
2018, José Coelho
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