Talvez
a solidão das coisas
como
pessoas aninhadas, em cantos
de
jornais ou de livros - música selando as permeabilidades
indizíveis
- de olhares azuis, incisivos
em
vãos de escada
numa
qualquer estação de metro
mole,
cheia
adocicada
me
atice
o
desejo, o desespero, a crueldade de
cuspindo
despi-las,
olhá-las
com
o desdém de quem nelas vê
reflectido
a
sua, mais que própria, única
solidão
dos
dias.
©
2016, José Coelho
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