Alvoradas em Pele
Ímpio, desnuda-te os braços
sente a vontade a pousar
sobre os teus olhos escuros galgam
as sombras de vénus em flor
Evoca-me caricias surdas
salva e prata que mordo num fascínio
de napas e letras, incrédulo
absorvo-te o contorno dos ombros
imagino a suave dobra das
omoplatas benzendo a matricial nudez
nas tuas costas, ímpio
desassossego alvoradas em pele
as horas são lentas e submissos
bebemo-las como ao leite
os bácoros.
© 2017, José Coelho
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