Alquimia
Sanguínia
Começo
a confundir a memória nas imagens
que
criei de ti
de
manhã
subo
o teu rio, se me apetece, porque ele
nem
sequer existe
e
fica no tempo
a
pergunta se hei-de tocar-te
com
ou sem lábios, talvez
mãos
me peçam um traço
vermelho,
uma face ou a linha dos cabelos
cingindo
o horizonte
nada
de
manhã
ofusca-me
a tua presença, incerta
enquanto
sombra nocturna
e
eu, RH+
donde
ninguém sai quando se pisa
nem
água nem fio
©
2017, José Coelho
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