sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Castelos e Masmorras

Castelos e Masmorras

A imaginação expande
os ténues fios que nos ligam
as extremidades proporcionando-nos
o deleite de verdadeiros momentos improváveis ou a angústia visceral e fatídica
de salas escuras e espectros frios.

É ela que regula a lividez destas paredes e a morfologia insatisfeita do declínio outonal

É ela que exala a flor do contentamento para lá dos limites desta cidade e destes corpos

É ela que tece a sintaxe da paixão
e do medo

Os seus passos cativos, ecoam
seus cabelos lustrosos, esgueiram-se
entre ondas e colos impulsivos
seus beijos, deslumbram
na textura seus olhos ostentam
a luxúria de mil cavalos
marinhos
e seus dedos capricham espumas
oceânicas -
mas os castelos e as masmorras, esses
habitamo-los nós.

© 2016, José Coelho



Sem comentários:

Enviar um comentário