Castelos
e Masmorras
A
imaginação expande
os
ténues fios que nos ligam
as
extremidades proporcionando-nos
o
deleite de verdadeiros momentos improváveis ou a angústia visceral
e fatídica
de
salas escuras e espectros frios.
É
ela que regula a lividez destas paredes e a morfologia insatisfeita
do declínio outonal
É
ela que exala a flor do contentamento para lá dos limites desta
cidade e destes corpos
É
ela que tece a sintaxe da paixão
e
do medo
Os
seus passos cativos, ecoam
seus
cabelos lustrosos, esgueiram-se
entre
ondas e colos impulsivos
seus
beijos, deslumbram
na
textura seus olhos ostentam
a
luxúria de mil cavalos
marinhos
e
seus dedos capricham espumas
oceânicas
-
mas
os castelos e as masmorras, esses
habitamo-los
nós.
©
2016, José Coelho
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