quinta-feira, 22 de junho de 2017

Finas Amarguras

Finas Amarguras

à noite o doce
verte-se pelas bordas

todas
e penso nessa última em
que te toquei

avistámos tantas ilhas
sem nunca nalguma atracarmos

derramando um cheiro quente, picante
que, peganhento, fica

atravessámos jardins desertos
sem nunca ousar habitá-los

trocando a ultima respiração num beijo
de morte, subtil.

© 2017, José Coelho



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