Gosto de ter um bom livro na cama, para
adormecer.
É importante o peso, o cheiro, a
textura do papel e
sem esquecer, o tamanho das letras.
À noite pouso-o em cima do peito e de
olhos abertos,
focados numa espécie de infinito,
tento relembrar a trama e se possível
imaginar mesmo
o desenrolar futuro.
Para uma boa, curta e incisiva sesta,
opto por abri-lo e ler
mesmo algumas linhas ou parágrafos.
Depois, equilibro-o sobre a minha testa
e nariz,
não demasiado, apenas quanto baste
para poder
respirar e sentir o cheiro das folhas.